sexta-feira, 24 de junho de 2011

"Angustias e aspirações da vida educacional..."

Competencias e Habilidades deste seculo XXI (?)

Quem diria? Eu sou do século passado. Mas estou de pés no chão no século presente. Em poucos anos, menos de meio século (uns 30 e poucos rs rs rs), passei num vapt , vupt, das leituras à luz de velas aos comunicadores instantâneos que em tempo real me transportam ao outro lado do mundo. Haja mudanças nisso! Eu sinto na pele as transformações que a tecnologia trouxe, exigindo habilidades e competências para assimilar e lidar com essas novas situações. Dizem que em terra de cego, quem tem um olho é rei. Pois bem, hoje mais que alguns a anos atras, é necessário ter a competência de ver além, como professores da modernidade, inserindo nas práticas pedagógicas o cotidiano. Não podemos ficar sempre no século passado, apegados aos modos antigos de viver, porque quer queiramos, quer não, as mudanças acontecem independente de nossa vontade individual (e todos esses fatores e mudanças independem de acréscimo no salário e de investimentos governamentais na Educação Brasileira). E com elas novas exigências aos educandos, que precisam ter competência para resolver situações problema, usando criatividade e senso de coletividade.

Ainda estamos no meio do ano de 2011 e já perdemos a conta dos desastres naturais que envolveram desde terremotos, tsunamis, enchentes, vulcões até desastres protagonizados pelas mãos humanas como acidentes no trânsito aéreo e terrestre, vazamentos nucleares etc. Pedófilos, assassinos, torturadores de crianças estão "perambulando e seduzindo" entre os que deveriam ser referência de comportamento. O que temos a ver com isso? O que a escola pode fazer nessa situação? Continuar ensinando sujeito oculto ou composto? Ou oportunizar aos educandos serem sujeitos agentes, capazes de mudar essa história? ------------> Fica a REFLEXÃO!!!

domingo, 20 de março de 2011

Comentários sobre os artigos do livro CORPOS MUTANTES


COUTO Edvaldo Souza (Org.); GOELLNER, Silvana Vilodre (Org.). Corpos Mutantes: Ensaios sobre novas (d)eficiências corporais. 2. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009

O livro Corpos Mutantes traz várias reflexões sobre a valorização do corpo humano na atualidade. Esta obra traz dez ensaios, produzidos por pesquisadores brasileiros que discutem diversas técnicas de "melhoramento" do corpo humano buscando atingir o modelos sociais, antrolopogicos e históricos de beleza, saúde e juventude e que avançam e evoluem com o progresso da ciência e das tecnologias.
Trago abaixo um resumo sobre quatro ensaios desta obra. Sem dúvida alguma a leitura desta obra ajuda-nos a compreender o impacto dos avanços tecnológicos na formação da sociedade contemporânea, tecnologica e consequentemente pós-humana em que vivemos atualmente.



CORPO CYBORG E O DISPOSITIVO DAS NOVAS TECNOLOGIAS

HOMERO LUÍS ALVES DE LIMA

Neste ensaio, Lima retrata que os progressos nos estudos científico-tecnológicos, e quanto o conseqüente desenvolvimento acelerado da tecnologia têm possibilitado melhorias e transformações diversas no corpo humano. Segundo o autor, o ser humano e o seu corpo vem à algum tempo deixando de ser um organismo simples e naturalmente humano. Isto ocorre devido a aliança entre a várias áreas científicas pós-modernas como a biônica, a nanotecnologia, a genômica e a biotecnologia dentre outras; e juntamente as mais diversas e modernas tecnologias, tem proporcionado muitas melhorias na saúde, nas habilidades, nas capacidades e principalmente na estética do homem.

Lima também nos remete também a fusão entre o humano e a máquina (não-humano), onde pela primeira vez é abordado o termo ciborgue que configura nesse contexto o pós-humano, a evolução do ser humano enquanto mistura de ser-vivo e máquina (não-vivo). Essa mistura de homem e máquina há algum tempo atrás (na década de 80), segundo o autor fazia apenas parte de ficção científica e do imaginário das pessoas. Porém nos dias atuais, na sociedade contemporânea e tecnológica em que vivemos isso já é um fato cabível e natural. Segundo Gray, “Vivemos em uma sociedade ciborgue” . Essa frase é exemplificada e compreendida de forma mais clara quando usamos qualquer tecnologia para potencializar o nosso corpo, como as lentes corretoras nos olhos para melhorar a visão (que é imperceptível num primeiro instante), até uma prótese mecânica no lugar de uma perna (muito visível e repugnante para muitos de nós) ou um marcapasso injetado do nosso corpo (onde não vemos mais sabemos que está lá), todas essas tecnologias aliadas as ciências nos mostram como o humano e a máquina estão funcionando e se relacionando numa simbiose perfeita.

Buscando esclarecer o conceito de ciborgue Lima cita a autora Donna Haraway que define ciborgue como um organismo cibernético, um híbrido de máquina e organismo, uma criatura de realidade social e também uma criatura de ficção. Para Haraway existiram três abalos de fronteiras que fizeram surgir o ciborgue em meio à cultura contemporânea. O primeiro abalo foi na fronteira entre o homem e o animal, a segunda fronteira foi entre o organismo e a máquina e a terceira fronteira foi a fronteira do físico e não-físico caracterizada pela miniaturização das tecnologias (chips).

Neste contexto atual contemporâneo em que vivemos de avanços técnico-científicos os ciborgues se estabelecem e hoje, para nós, não fica claro onde termina o humano? E onde começa máquina ?


CORPOS AMPUTADOS E PROTETIZADOS: "NATURALIZANDO" NOVAS FORMAS DE HABITAR O CORPO NA CONTEMPORANEIDADE

LUCIANA LAUREANO PAIVA

Ao longo da nossa existência terrena, o corpo humano passa por transformações inerentes ao processo de progresso, evolução, desgaste e envelhecimento, mas também pode ser transformado por escolhas em busca de aperfeiçoar sua aparência fazendo uso das diversas intervenções cirúrgicas e estéticas. No entanto, em situações adversas e inesperadas o corpo pode sofrer transformações motivadas por doenças ou acidentes.

A autora desse ensaio, Luciana Paiva descreve o caso de uma pesquisa de nove pacientes adultos de uma clinica de reabilitação analisando os impactos do o uso de próteses desde a fase inicial da incorporação da prótese passando pelo processo de adaptação e como cada um deles vivenciaram a interação entre corpo e máquina e como estas próteses possibilitaram um novo estilo de vida em uma nova configuração graças a tecnologia que permite ao individuo reescrever a sua história.

Em algumas de suas entrevistas, os pacientes revelaram que falar sobre seus corpos amputados era uma tarefa difícil, principalmente porque se tratava das suas imperfeições, era mais fácil falar do passado, de quando seus corpos ainda eram “perfeitos”, ou ditos “normais”. Vivemos em uma sociedade que privilegia a perfeição, a eficiência e o dinamismo. Perder uma perna, ou um braço significa também perder a normalidade e passar a ser visto como deficiente ou ineficiente.

O corpo é uma referência para construção da nossa identidade. A amputação de alguma parte, ocasiona a "morte parcial" do indivíduo, de um estilo de vida e de sua identidade. Após a amputação, tanto o individuo como o seu corpo tornam-se ao mesmo tempo desconcertantes e desconhecidos. “Quem sou eu agora?”. Dentro desta perspectiva, o espelho pode ser pensado metaforicamente como a imagem do indivíduo que se reflete tanto no vidro espelhado, quanto no olhar do outro. Ambos passam a ser os mais cruéis julgadores de sua aparência incomum.

E AS TECNOLOGIAS, O QUE FAZEM POR ESSES CORPOS AMPUTADOS?

As máquinas estão cada vez mais presentes na vida das pessoas, acoplando-se aos seus corpos com próteses de toda a natureza. Dessa forma “o corpo tornou-se lugar privilegiado das técnicas e o destino certo das máquinas” (Couto, 2001 p.87)

As tecnologias invadiram o corpo humano porque o mesmo adequou-se a elas Atualmente é impossível falar de corpo e estetica sem mencionar as tecnologias. Estas intensificaram e habilitaram o território biológico. Os conhecimentos produzidos pela ciência sobre o corpo humano e as evoluções biotecnológicas prepuseram algo ao corpo; extirpar os seus excessos, preservar a sua saúde, embelezá-lo e principalmente aumentar o seu desempenho. Assim, as máquinas estão cada vez mais presentes na vida das pessoas, acoplando-se aos seus corpos com próteses de toda a natureza.

Com isso, as máquinas passam a ser artefatos protéticos, componentes íntimos e amigáveis de nós mesmos. As tecnologias aperfeçoaram as próteses e estas passam a ocupar um lugar importante na vida dos indivíduos, que por ventura perdemos parte de nosso corpo deixando de ser um objeto estranho, para assumirem a função de acessórios fundamentais e intrínsecos de em nossas vidas.

Pode-se concluir que “o hibridismo entre o corpo e a máquina não significa o fim do corpo naturalmente humano, mas paradoxalmente, uma das formas excelentes de sua afirmação contemporânea. Portanto, há muito tempo o indivíduo deixou de ser visto como algo natural para se tornar algo naturalmente artificial, ou seja, ciborgue” (Couto , 2000; Haraway,2000)


Velhice, palavra quase proibida; terceira idade, expressão quase hegemônica.

Annamaria da Rocha Jatobá Palácios

Neste capitulo é enfatizado o embate contemporâneo entre duas expressões: velhice e a terceira idade. Tendo como matéria-prima o discurso sobre a evidencia e a importancia social que as propagandas de cosméticos tem atualmente.

Há algumas décadas que se tem observado um aumento da expectativa de vida das pessoas em todas as sociedades vigentes no mundo, a autora evidencia isso através de dados estatísticos, e como essas pessoas passaram a consumir produtos e a ter um outro ritmo de vida em relação aos “velhos” do passado. Segundo o texto, fica claro e perceptível a importância da publicidade perante as análises sociais. A publicidade é vista como um espaço de evidência cultural e por isso deve ser vista com olhares mais criteriosos em relação ao seu discurso.

Sendo assim , segundo Palácios, a mudança discursiva das propagandas acompanham as mudanças sociais e assim como a publicidade procura desvendar as novas tendências e explorá-las ela contribui para a propagação dessas idéias. No caso o termo terceira idade significa uma nova pessoa madura que envolve uma série de significados atuais em relação ao termo velho que se identifica com o ultrapassado.






sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Resenha do Livro O QUE É O VIRTUAL? (Pierre Lévy)





Pierre Lévy é filósofo. Nasceu em 1956, na cidade de Túnis (Tunísia). Realizou seus estudos na França, doutorou-se em Sociologia e em Ciências da Informação e da Comunicação. Lecionou em várias universidades de Paris e Montréal. Atualmente é professor da UQTR (Université du Québec à Trois-Rivières), na cidade de Quebec, Canadá.

Escreveu diversos livros sobre cultura do mundo virtual e as novas tecnologias. Pierre Lévy é um dos principais pensadores da cibercultura. Escreveu diversos textos sobre a nova forma de escrita, o hipertexto. Sua principal obra nesse campo é o livro "Ideografia Dinâmica", onde Levy afirma inclusive que "estamos reinventando a escrita". É um dos mais proeminentes pensadores da atualidade sobre a temática das novas mídias digitais, e entusiasta acerca das possibilidades cognitivas e antropológicas da internet. Lévy foi quem propôs o conceito de “inteligência coletiva” no começo dos anos 90, quando a internet comercial ainda engatinhava.

Em seu livro, O QUE É O VIRTUAL? Pierre Lévy, nos leva a uma desconstrução e as possiveis analises e reflexões sobre o que muitas pessoas imaginam sobre o conceito de virtualidade, e que contrariando "virtual" não é antônimo de "real" e muito menos sinônimo de "imaginário". Lévy explica o conceito sob aspectos filosóficos e antropológicos, além de reivindicar para o movimento atual de virtualização (em discussão principalmente devido ao fenômeno da “Internet" e da WEB 2.0) uma visão menos caótica e problemática e mais otimista: "Cessemos de diabolizar o virtual (como se fosse o contrário do real!)"
Lévy mostra as diversas virtualizações que fizeram o "humano": a linguagem ("virtualização do presente"), a técnica ("virtualização da ação"), o contrato ("virtualização da violência"). O livro aborda mais profundamente outras virtualizações, tais como a virtualização do corpo, do texto e da economia. Dedica mais de um capítulo a virtualização da inteligência - tanto a inteligência coletiva quanto a pessoal e de como a virtualização predispõe a maneira de pensar do indivíduo e dos grupos .

Sem ser um texto "pesado", apesar de encerrar um estudo sério, muitas vezes difícil de ser acompanhado em algumas passagens (o que é caracteristico desse autor em muitas de suas obras), o livro é uma ótima dica para educadores, antropólogos, filósofos, sociólogos e todos aqueles que desejam compreender esses e outros conceitos sobre a virtualidade, e os processos que estão envolvidos nos atos cognitivos do ser humano seja na objetividade ou na subjetividade nas produções coletivas e individuais disseminadas e inseridas em uma rede, de tempos e espaços infinitos.
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A Auto-criação da espécie humana, é o ponto de partida para o livro O que é o virtual? do filósofo francês Pierre Lévy. O autor aborda o fenômeno da virtualização à luz da relação entre a comunicação virtual e as características da sociedade contemporânea. A reflexão centra-se numa tripla abordagem (definida por Lévy como o triplo interesse do livro): filosófica (o conceito de virtual e o movimento da virtualização), antropológica (o processo de hominização que nasce com a virtualização) e sociopolítica (a mutação contemporânea que nos torna atores de uma realidade acelerada).
A hipótese que Pierre Lévy equaciona, a propósito do processo de virtualização, opõe-se à idéia de desaparecimento universal, explicitada por Jean Baudrillard ou à ameaça de um apocalipse cultural anunciada por Paul Virilio. A proposta de Lévy centra-se na comunicação virtual enquanto elemento de um processo que abrange toda a vida social, sublinhando aspectos como a diferenciação entre o virtual e o real, a dimensão econômica da comunicação, a desterritorialização e a problemática da temporalidade associada ao movimento de virtualização. Pierre Lévy defende que o virtual não se opõe ao real. O autor nos propõe uma desmistificação dos opostos (que para nós algumas vezes parecem sinônimos), enunciando duas dialéticas: possível/real e virtual/atual. Estes quatro conceitos existem nos domínios do latente e do manifesto, o que remete para as noções de subjetividade e de objetividade o latente anuncia o dever, o manifesto situa-se na esfera da objetivação, da concretização. No âmbito das dialéticas possível/real e virtual/atual, Pierre Lévy invoca estas quatro formas de existir para definir duas ordens: a da seleção e a da criação que correspondem aos pares possível/real e virtual/atual, respectivamente.

A tese de Lévy sustenta que o possível se caracteriza por ser um conjunto de possibilidades pré-determinadas, a que falta existência. O processo de realização remete o conceito de possível, que se situa no âmbito do latente, para a noção de real, que se define como algo concreto (a concretização) no pólo do manifesto. Segundo o autor, o virtual é mediado ou potenciado pelas tecnologias, sendo produto de exteriorização de construções mentais em espaços de interação cibernéticos. Neste sentido, o virtual não remete para operações puramente lógicas. É interpretado por Lévy como uma maneira de ser diferente do possível e do real, é o que existe em potência e não em simples atos.

Para Levy, a atualização, que se assume como o movimento inverso à virtualização, parte de um problema. O virtual, para uma solução. Esta transformação é a invenção de uma solução exigida por um complexo programático. Dessa maneira, para Levy o atual objetiva o virtual, situando-se no pólo do manifesto. O virtual, enquanto algo que existe em potência, anuncia transformações e o seu movimento e insere-se no domínio do latente.

As dialéticas postuladas por Lévy remetem para quatro passagens/transformações: realização, potenciação, atualização e virtualização. Cada um destes processos centra-se na idéia de ciclo: o possível (o pré-definido) concretiza-se no real (realização), esta operação dá origem a uma conseqüente potenciação (novo conjunto de possibilidades); o virtual (o problema) passa a atual quando é solucionado (atualização), potenciando em seguida uma nova virtualização; passa de uma dada solução a um (outro) problema.

Finalisando, Levy nos indica a idéia de virtual enquanto potência pode remeter para a noção de ilusão, mas o autor sublinha que este elemento não se situa no domínio “dos sonhos”: A virtualização é um dos principais vetores de criação da realidade. Neste sentido, o virtual existe e produz efeitos. Logo, o movimento de virtualização implica irreversibilidade nos seus efeitos, indeterminação no seu processo e invenção/criação do seu espaço. Será, então, a virtualização um fenômeno da contemporaneidade? Lévy considera que, pelo contrário, antes das tecnologias eletrônicas (dos dispositivos tecnológicos), já existiam vetores de virtualização, como a imaginação, a memória, o conhecimento e a religião.


quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Dimensões? Estruturantes? Tecnologias? --> EDUCAÇÃO + CONHECIMENTO

BONILLA, Maria Helena.BONILLA, Maria Helena. A práxis pedagógica presente e futura e os conceitos de verdade e realidade frente às crises do conhecimento científico no século XX. In: PRETTO, Nelson De Luca. Tecnologias e novas educações. Salvador:EDUFBA, 2005. p.70-81.

O texto de Bonilla nos remete a uma reflexão social e educacional muito grande, pois esse texto excita e incita a pensarmos e refletirmos sobre as praticas educacionais contextualizando com o tempo histórico da educação que passou por vários "processos e maneiras" como a oral, escrita... e da evolução desde a sociedade moderna à atual Contemporânea, segundo ela que através do intenso uso das TIC e das aprendizagens significativas e colaborativas que tais recursos vem à alguns anos e atualmente proporcionam a todos os envolvidos, diretos e indiretos nesse processo.

A sociedade atual em que estamos vivendo vem passando a alguns anos, décadas e séculos por transformações diversas. Transformações essas que hoje muitas vezes nos parece banais, deficientes e até despercebidas. Atualmente, em todas as instituições sociais (igreja, família, hospitais e a escola) há novas maneiras de pensar e agir, estamos mais “livres” e “autônomos” em nossas criações cognitivas, nos interesses ideológicos e em nossas elaborações mentais. Isso não é só fruto do uso das Tecnologias da Informação e Comunicação e dos recursos oferecidos pelas mesmas, mas sim das diversas aprendizagens (elaborações mentais e cognitivas) e das colaborações diversificadas entre os seres em diferentes contextos, espaços e tempo realizadas com o progresso humano do "uso" delas.

Porém, essa "mutação"- transformação e a "rapidez" dessas novas relações, interações e nas inúmeras aquisições do conhecimento nas maneiras de informar, ensinar e aprender, com as novas tecnologias em educação nos remete a novos questionamentos como os valores morais e éticos tão esquecidos e necessários nessa "nossa agitada rotina social". Principalmente ao analisarmos e discutimos o currículo escolar, o real ou irreal papel da escola, a relação professor – aluno/e esse aluno na comunidade e com outras comunidades etc.

Bonilla nos chama atenção para a complexidade de todos esses níveis sociais de colaboração, interação e aprendizagem. Precisamos todos (família, professores e estudantes e a escola como instituição) estarmos atentos e coesos nessa rede de colaboração, pesquisa e de aprendizagem, não esquecendo das variadas discussões a serem proporcionadas com os novos paradigmas educacionais advindos dessa utilização das tecnologias principalmente no modo de criar, absorver e refletir o conhecimento e as mais diferentes visões de mundo... E não podemos esquecer de discutir na web, dentro ou fora da escola temas as vezes deixado de lado pelos currículos formais como cidadania, valores éticos e morais e o bem estar mental, corporal e ambiental e conseqüentemente o bem estar social.

"FILOSOFIA E ÉTICA HACKER...SER HACKER OU NÃO SER CRACKER?" EIS A QUESTÃO...



Em 25/09/2010, na UFBA houve uma bela exposição e discussão sobre a leitura do livro do autor Himanen, Pekka. The Hacker Ethic and Spirit pf the Information Age. New York: Random House, 2001. (Edição em Espanhol: Etica del Hacker y el espiritu de la era de la Informacción (2004), Editora Destino).

A ÉTICA é um "valor" e uma "dádiva" importante em todas as atividades humanas. "Os grupos sociais mais diversificados e em contextos diferenciados acabam construindo finalidades, critérios e regras para sua existência e para as suas ações. Estar de acordo com esses objetivos e metas estabelecidas em conjunto é atuar com ética.

A cultura (filosofia) hacker é essencialmente baseada em atitudes éticas e no tripé de conceitos como: liberdade, colaboração e contrução de saberes e conhecimento.

Sendo assim, o HACKER (ao contrario do conceito disseminado e exandido que conhecemos através da MÍDIA), na verdade é um entusiasta, "um buliçoso" um "investigador" em qualquer tipo de trabalho ou projeto, aquele que realiza seu trabalho com paixão, habilidade e cuidado artesanal.
O hacker é um pesquisador nato e continuo das estruturas e sistemas que geram e nutrem as tecnologias, seus recursos e parafernalias...ele é o conhecedor, colaborador e disseminador das descobertas sobre todo o sistema que envolve as tecnologias, trabalho e informação.

O CRACKER sim seria o "criminoso" o que tem as mesmas qualidades cognitivas de pesquisa, investigação, a vontade e o prazer no trabalho de um Hacker, mas não utiliza das suas descobertas e informações de maneira ÉTICA, pois invade paginas da web, descobre sistemas secretos apenas para burlar, incapacitar, obstruir ou como criminalidade, rebeldia e em benefício proprio na maioria das vezes...

Segundo Pekka Himanen e outros estudiosos, os verdadeiros Hackers são responsáveis por desenvolvimentos de sistemas, como a internet, entre outros. Os verdadeiros Hackers, modificam e melhoram equipamentos, beneficiando a todos, sem prejudicar ninguém, ao contrário dos Crackers.

Os Crackers são na verdade a grosso modo "Os Hackers do mau", fazem a mesma coisa, desenvolvem sistemas, mas ao contrário dos Hackers, beneficiam a si próprios, prejudicando os outros envolvidos ou apenas por rebeldia e auto-valorização/vanglorização.












E por falar em Rádio...

Falando da rádio... ops.. digo, ainda sobre o tema Rádio...foi proposto a nós , pós-graduandos do curso Tecnologias e Novas Educações da Universidade Federal Da Bahia uma discussão e um breve resumo em forma de transmissão de rádio (como uma entrevista, radio novela e etc) sobre o livro CIBERCULTURA de PIERRE LEVY.

AQUI ESTÁ UMA DE NOSSAS PRODUÇÕES, SOBRE O CAPITULO IX DESSE LIVRO, "A ARTE DA CIBERCULTURA" .

O Radio .... AM e FM nas escolas, nas comunidades e no mundo!

Todo mundo sabe e não é nenhuma novidade, o RÁDIO é uma tecnologia comunicacional mais antiga, utilizada e mais eficiente do mundo! Mesmo com todos os avanços tecnológicos atuando como meios de comunicação como a TV, a web e a internet, o radio continua sendo um dos principais e mais acessiveis meios de informação, instrução, educação e cultura em toda a parte do mundo. Sendo assim, não é difícil de entender como nos dias de hoje esse recurso se tornou apesar de simples e "barato" (que fique claro, não o custo de se fazer uma rádio, mas sim de apreciar, ouvir) tão comum e admirável nas mais diversas discussões visando produções de conhecimento nas escolas e em outros e diversos ambientes educacionais, como a academia e universidades. Além da radio na web e internet.

Desta maneira, uso do rádio na educação e nas escolas cria um canal de comunicação, divulgação e produção cultural, além de promover a ludicidade, a capacidade de criar e recriar de brincar de construir uma nova maneira de ler o mundo, fazendo com que os alunos se expressem e se coloquem de forma crítica, contribuindo desta maneira, para a sua formação como cidadão.

No Curso de Especialização da UFBA, TECNOLOGIAS E NOVAS EDUCAÇÕES, no modulo 1 tivemos oportunidade de conhecer e debater sobre o tema RÁDIO NA ESCOLA onde foram apresentados trabalhos desempenhado por três profissionais: o diretor da Rádio Educadora de Salvador, a Coordenadora da ONG Cipó e a coordenadora do Mais Educação (Programa de Atividades em turno oposto) que produz nas escolas públicas estaduais, foi possível perceber que o uso da rádio como recurso pedagógico pode ser viável (apesar do custo), prazeroso e criativo com a junção e ajuda toda a comunidade escolar.

Neste evento, sobre a introdução e implementação da RÁDIO NOS AMBIENTES ESCOLARES, foi citado e discutido a extrema importancia e necessidade do planejamento politico pedagogico, bem como o envolvimento de todos na escola. Funcionários, professores, alunos, além da comunidade local devem abraçar "a causa" e estar inseridos e envolvidos neste projeto como um todo...um todo de informação, colaboração, produção, criatividade, cidadania etc!

"Z-Y-C,...BEM VINDOS A RADIO NA EDUCAÇÃO...ELA JÁ ESTÁ NO AR... SÓ DEPENDE DE TODOS NÓS... EDUCADORES, ESTUDANTES E COMUNIDADE!"